Eu posso achar que
alguma coisa é má, ou que alguém é mau
Me emocionar por uma
coisa boa, ou uma pessoa de bem
Posso reclamar de ter
tido azar em alguma coisa e ficar
feliz por ter sorte em outra
Ás vezes, posso estar
bem de saúde ou ficar muito mal
Posso proclamar que a
vida é bela, e que mentir é feio
Posso considerar os
infinitos “tons de cinza” em vez de apenas o preto
e o branco
Me pego evitando odiar, por simplesmente ser mais gostoso amar
Tenho a preciosa
noção da grande sorte de estar vivo,
e isso a morte só valoriza.
Quando jovem, me
ensinaram a ter fé em um Deus, hoje minha razão
excluiu até o diabo
Não acho que alguém
vá para algum céu, nem imagino que
louco Criador faria um inferno
Aliás, qual o
propósito da crença, se sou amigo da
verdade, encontrada somente na confirmação (ciência)?
Tudo se resume a
querer saber, ou deixar pra lá, se ligar na fita ou “boiar”...
SOU CURIOSO, PÔ! NÃO
TENHO CULPA DE QUERER SABER!
Concluo porquê sou
obrigado, já que aprendi.
Logo, sou descrente
por conclusão, já quem tem fé, foi
por escolha!
Dessa maneira, jamais
mudarei, já o que tem fé, ainda pode aprender...
Não existe o bem, não existe o mal.
Apenas o bom e o mau.
Não existe sorte nem azar,
as coisas apenas ocorrem.
Bela é a existência, feia é a crendice.
Não existiria o branco nem o preto,
sem o outro para comparar.
Assim, como sem o nada, o tudo
seria ilógico.
No universo, não
existe amor, mas ele está dentro de mim.
Assim como o ódio
também poderia, mas não está.
Rótulos que criamos
ao tentarmos entender a vida.
Não temos o
vocabulário necessário. Tosco é o entendimento.
Não há deuses nem
demônios, nem milagres nem maldições
Apenas a luz e a sombra,
em seus infinitos tons de cinza
E o mistério
insolúvel de estarmos aqui...
Deslumbrado com a
verdade, fica aquele que costuma pensar
Tudo é lindo, já disse mais de um poeta
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