sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

RELIGIÃO OU HEDONISMO?



No post anterior, tento demonstrar que não há lógica em orar, mesmo que exista algum deus.

Diante de tal constatação, só posso encerrar o assunto falando do velho e bom hedonismo (Wikipedia: Doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana - O hedonismo filosófico moderno procura fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas)

Garantir logo o nosso paraíso aqui na terra parece ser um grande negócio, já que não sabemos MESMO o que vem depois.

Ou seja, não pedimos para nascer, mas já que estamos aqui, enquanto não chega a nossa vez, havendo ou não algum paraíso depois, devemos aproveitar a vida o tanto quanto possível! (Carpe Dien, Hakuna Matata...) 

Não custa lembrar o falecido Betinho:
Temos apenas duas atitudes na vida:
MARQUE A RESPOSTA CORRETA
(  ) Ser triste
(  ) Ser feliz.

Qual seria o óbvio?

Link para um post de 2012, com o tema dessa escolha:
DOIS CAMINHOS:

http://www.secularista.com/2012/08/dois-caminhos.html

A minha opção é sempre optar por uma vida mais leve, isenta dos dramalhões bíblicos em que nos enfiam garganta abaixo, pesadas cargas morais, que foram baseadas em concepções antigas da época da idade do bronze, sobre pecados, culpas e castigos, tocadas a chicotes e danações. O negócio era assustar para dominar! E o pior é que tem funcionado!

Tudo isso para justificar um prometido paraíso posterior à morte, já que a vida terrena, baseada nesses termos, obviamente seria insatisfatória (ainda mais naqueles sofridos tempos medievais) 

Muitos pregam que sem esses procedimentos baseados na existência de pecados, punições e ameaças de condenação, os homens descambariam para a barbárie, o que acarretaria no fim da civilização, o que é uma mentira ancestral maldosamente repetida por sacerdotes temerosos de perder o poder sobre o rebanho.

A consequência disso é que essa mentira atrapalha MILHÕES de pessoas a viver plenamente. Estão ignorando (ou escondendo) que a educação normal e códigos morais básicos e familiares, eliminam tranquilamente a barbárie, sem necessidade de ameaças ou promessas.

-x-

Uma consideração de última hora:
Bem, olhando essa tortuosa exposição, talvez a coisa toda seja uma questão de capacidade de processamento.

Infelizmente, é difícil reduzir o texto, já que há tanto para comparar, relatar e considerar. É um assunto pesado mesmo.

Na prática, esse tópico pode ser algo tão complexo e ao mesmo tempo tão rebuscado em suas sutilezas, que as pessoas simplesmente não conseguem alcançar toda a ideia  E enxergando apenas partes dela, só podem se fechar ao assunto.

Aliado a isso, vem toda a luta, sofrimentos e mazelas da existência de cada um, que termina com só ele sabendo de seu próprio desespero, confusão, conduta e expectativas. Talvez, para essa pessoa, a realidade não seja exatamente o que ela procura, e eu PRECISO compreender isso!

"Cada um sabe onde dói seu calo". 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O VERDADEIRO PODER DA ORAÇÃO



Ainda pequeno, quando eu rezava, sentia um tipo de vergonha, um constrangimento que eu não sabia explicar.


Assim era também quanto a ter que "pedir benção" ao meu pai ou a minha mãe. Pior ainda: Eu travava de vez, se tinha que pedir benção a algum tio ou tia. Eu não conseguia achar aquilo necessário. 


Chegava a levar uns safanões dos meus pais para deixar de ser "bicho do mato" - Onde já se viu? Tem que tomar benção, menino!. Pede logo, pede! (Não é ridículo? Pensem bem!)


Hoje em dia eu entendo que minhas reações eram instintivamente legítimas, pois eu já sentia que aqueles procedimentos eram de natureza controladora e humilhante, apesar de meus pais serem inocentes por não se aperceberem disso. 

Eles apenas repetiam sem pensar, o que aprenderam com os pais deles, docilmente, sem margem para contestação. Simplesmente repetiam, passavam adiante um comportamento aprendido.

Eu, em sã consciência, como não queria isso para mim, também jamais exigiria algo assim dos meus filhos.


Com certeza eu não gostaria de vê-los tendo que se humilhar ou se rebaixar, nem a mim, nem a ninguém nem a nada desse mundo (ou mesmo de outro), pois os amo, e vou educá-los para a igualdade entre as pessoas e para serem livres.


Eu sinceramente peço a todos os leitores religiosos que me desculpem a sinceridade, mas eu preciso dizer que agora, homem maduro que sou, e munido de minhas experiências, estudos e contemplações de uma vida inteira sempre atenta, posso afirmar do alto de minhas cuidadosas certezas, que ORAÇÃO É UMA COISA SEM SENTIDO! 


Eu explico, acompanhe a lógica e me corrija, leitor amigo, se eu estiver errado.


Vamos lá: Mesmo assumindo que há um poderoso ser sobrenatural, que fez a tudo e também manda em tudo por aqui (Deus), qual a lógica de pedir algo em oração a ele, se por ser ele onisciente, já sabe tudo o que me falta?

Até o que estou por pensar ele já saberia, não é mesmo? Ele não é cônscio do passado, presente e futuro? Para que ele exigiria a oração? Qual seria seu intento? A humilhação do pedinte? Checar nosso caráter? Como, se ele já o sabe de antemão, graças á sua onisciência? Ele já não nos fez assim? LOGO ELE JÁ SABE!


Mesmo tendo nos dado o livre arbítrio, ele já antevê o que pediremos, seremos ou escolheremos ou mesmo pensaremos, certo? Lembremos que todo o roteiro dos acontecimentos, inclusive do futuro, em todos os detalhes, passa por ele! 


Se mesmo assim ele gosta das orações, então gosta de ser adulado, é isso? Seria para sabermos que nada somos sem ele? Que ser mais bobo, seria esse! Tão poderoso e tão carente de atenção! Quase uma criança mimada! Isso não pode ser uma característica do Altíssimo!


Eu não consigo achar isso de um hipotético ser tão magnânimo, tão glorioso. O meu Deus não seria assim! Ele jamais iria querer me ver de joelhos, pois ele já sabe a muitos séculos o que iria me faltar e o que eu iria querer. Então pra quê ele tem que aturar essa chatice, essa choradeira? Para tão poderoso Deus, isso seriam firulas óbvias...


O que parece acontecer, é que quem pratica tais ritos, não parou para pensar direito sobre o assunto, ou se parou e ainda acha sentido na coisa, é porquê tem uma mente meio simplista, avessa à lógica, por não conseguir entender o que um ser onipotente e onisciente realmente faria ou deixaria de fazer.


Assim as pessoas que acham a oração eficiente, estão pensando em termos humanos, e atribuindo a seu Deus a sua mesma maneira pequena e tola de agir.


Se isso tudo for mais ou menos verdade, orar até ofenderia ao hipotético Deus, pois ao se rebaixarem, implorando a rezar, os homens "estariam pensando mal" dele, nivelando-o por baixo, subestimando-o como se ele também fosse um humano falho, orgulhoso e prepotente, que gosta da adulação.


Seria como se um biólogo, por exemplo, perdesse tempo para "se sentir", ao gostar de observar ao microscópio, as amebas implorarem por mais alguns segundos de existência, ou melhorias nas condições de vida, O QUE OBVIAMENTE ELE JÁ SABE, E NÃO PRECISA UMA AMEBA FICAR DIZENDO O QUE NECESSITA! Então, WHAT´S THE POINT? QUAL A LÓGICA?


Ou mesmo que não seja isso, Deus poderia não gostar, por insinuarem que ele não sabe o "seu trabalho".


-Oh, Senhor! Salve meu filhinho!
-Eu sei! Sou onisciente, esqueceu?

Só esse raciocínio já inviabilizaria a alguém lúcido, a prática de ficar orando/rezando, mesmo que algum deus existisse.


Então, qual o verdadeiro poder da oração? No máximo seria o de aliviar as neuroses dos sofredores, e de quebra, em alguns casos, temos os benefícios do efeito placebo, já estudado pela ciência, já que a atitude e a expectativa positiva dos que rezam, podem ajudar o organismo em alguns casos... mas isso não é nada sobrenatural, e uma atitude positivamente otimista poderia gerar o mesmo resultado.


Devemos cultivar a serenidade lembrando de Sidarta Gautama, o eminente Buda. Ele teria sabiamente dito:


"O sofrimento é inerente à vida"

Então, devemos saber aceitar o que não tem jeito, como seres maduros que somos.

PAIXÕES: KON-TIKI, A EXPEDIÇÃO!


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O ASSUSTADOR TUBARÃO BALEIA CIRCULA A JANGADA DE THOR
Quando adolescente, li uma reportagem, acho que na revista Seleções, sobre uma expedição, em 1947, em que uns aventureiros, liderados por Thor Heyerdal, construíram uma "balsa com uma casa em cima", e simplesmente se meteram em 4000 km pelo oceano pacífico afora, das costas do Peru até Raroia, nas ilhas da polinésia.
IMAGINEM QUE LOUCURA, SE METER ASSIM PELO PACÍFICO, SOMENTE SEGUINDO AS CORRENTES!
O principal objetivo era provar que os povos das ilhas tiveram americana, e não asiática.

Aquilo não saiu mais da minha cabeça! Eu só visualizava aquela balsa com aquela casinha singrando os mares, livre como nada mais pode ser.



Na época, no auge de meu espírito romântico, fiquei sonhando em um dia, crescido, MORAR numa balsa parecida, nem que só por uns tempos, e conhecer assim as praias do Brasil e do mundo. 

Finalmente, em 2003, comprei o livro KON-TIKI, de Thor Heyerdal e conheci em detalhes a magnífica jornada.
COMPREI O NA FEIRA DO LIVRO DE DUQUE DE CAXIAS, EM  2003

É uma viagem inesquecível, que requer uma coragem que admito hoje não ter mais.

Agora acabou de sair um filme que recria a trajetória daqueles heroicos homens. Gostei bastante, e é um ótimo complemento ao livro.

Recomendo aos amantes das grandes explorações, e do antigo e verdadeiro "espírito de aventura".